sábado, 7 de junho de 2008

"Jornalismo não é ciência é vocação"


24 de maio de 2008, sábado. Em uma palestra, Cristiano Romero mostrou e desmistificou de forma simples e clara, como é trabalhar na área do jornalismo econômico.
O jornalista, independente da área de atuação, deve saber informar. O que acontece então, quando um cidadão comum tem em suas mãos, um jornal ou revista e se depara com um “economês”, no mínimo ente diante e incompreensível? Para um estudante de jornalismo isso resulta em uma frase: serei tudo menos jornalista econômico. E para a maioria dos leitores, uma bonita virada de página.
Cristiano baseou sua palestra em uma resumida e clara aula de economia do Brasil e a sua relação com os acontecimentos mundiais. Pôde-se ir desde os anos 70 com o milagre econômico, até o nosso governo atual.
Preços altos, desemprego e inflações absurdas, fizeram dos anos 80 a 90 a era de ouro do jornalismo econômico. Todos queriam ler economia para entender e decidir o que fazer com o seu dinheiro. Hoje, a inflação não sobe e desce desordenadamente e estamos longe de passar pelo que passaram nossos pais. Com isso, o jornalismo econômico relativo ao passado decresceu, mas não perdeu o seu espaço.
Cristiano disse que o mercado é pequeno e não sabe se vai crescer. O profissional deve ter uma maior especialização e isso não significa uma faculdade de economia. Recomenda cursos e domínio de novas mídias.
A falta de clareza no ato de escrever é para ele inadmissível. O jornalista deve descobrir a história e saber contá-la.
Portanto, estudantes e jornalistas de plantão, não precisam se amedrontar com títulos como este: Câmbio contratado tem fluxo positivo de US$ 1,807 bilhão em maio até dia 21, já que o próprio Cristiano disse: “Jornalismo não é uma ciência é uma vocação”. Se você quer ser um jornalista econômico, seja. O “economês” é ilusório, a verdade da profissão é mais simples do que aparenta ser.

Rosana Targino

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Responsabilidade jornalística: Casos


A ética leva o jornalista a refletir sobre suas escolhas. Isso é visto quando Gugu Liberato exibe em seu programa, (Domingo Legal) uma entrevista com membros do PCC, sendo que os depoentes eram atores contratados pela emissora (SBT). Feriu-se a ética por meio da fraude jornalística com a sociedade interessada.
Bom ou ruim, certo ou errado, publicar ou omitir, aparecer ou desaparecer dentro das redações? Foi fazendo tais escolhas que um jornalista se perdeu.
O filme “Shattered Glass” demonstra o preço da “criatividade”e da escolha de um jovem jornalista que queria ascender na profissão. São 93 minutos de drama que contam a história de Sthephen Glass.
Ele passou de simples redator para jornalista requisitado. O fim de sua carreira veio com a descoberta de seus falsos artigos. Das 41 histórias publicadas, 27 foram dadas como parcial ou completamente falsas.
Hoje Sthephen é ficcionista. Foi demitido e levado a confessar as suas fraudes.
Será que os jornalistas sabem da força que o seu trabalho exerce sobre a sociedade? Com uma fala de Orson Welles essa pergunta é respondida: “O mundo lhes parecia ser alimentado por tudo o que sai daquela ‘caixa mágica’”.
Orson Welles liderou, em parceria com o grupo de teatro Mercury, o episódio que entrou na história por ter levado 1 milhão e 200 mil pessoas à histeria coletiva.
A programação foi feita normalmente. Quem acompanhou desde o princípio sabia da encenação, o pânico só chegou aos desavisados. A histeria se formou com a notícia de uma guerra entre homens e seres extraterrestres.
Welles se justificou pelo ato: “a transmissão foi um assalto a credibilidade daquela máquina”.
Os exemplos do programa “Domingo Legal”, “Sthephen Glass” e “Orson Welles” demonstram a relação entre ética e responsabilidade. Todos fizeram as suas escolhas.
Mesmo com os acontecidos, a influência da mídia ainda é grande. A informação que chega a cada cidadão é dada como verdade por mais absurda que pareça.
Diante de tanta força, a ética e a responsabilidade de cada jornalista é fundamental. Por que a verdade é: Perde-se um jornalista, mas o impacto da mídia continua o mesmo.

Rosana Targino






quinta-feira, 15 de maio de 2008

O preço de uma verdade


Sthephen Glass, um ent��o requisitado jornalista, tem sua integridade ferida ao publicar falsas hist��rias na revista de atualidades pol��ticas The New Republic.

Esse lead �� baseado em uma hist��ria ver��dica que resultou em um filme chamado Shattered Glass. Nos 93 minutos do drama, a hist��ria de Sthephen Glass demonstra o pre��o da ���criatividade��� de um jornalista que queria ascender na profiss��o.
Sthephen, devido as suas grandiosas hist��rias, passou de um redator desconhecido para um jornalista requisitado na respeitada revista de atualidades pol��ticas The New Republic.
No seu artigo sobre Hackers veio a surpresa. Sthephen inventou que Ian Restil, um menino de 15 anos, havia violado a rede de um fabricante de programas da Jukt Micronics. Em troca do sil��ncio, a empresa teria dado um emprego ao garoto, causando protestos nos policiais de Nevada. Checados os dados pela Forbes Digital, uma vers��o eletr��nica da revista Forbes, foi descoberto que os dados eram falsos. A ��nica verdade era que a cidade de Nevada realmente existia.
Billy Ray, editor de Sthephen, come��a a investigar a den��ncia de fraude praticada pelo jornalista. Criar site e secret��ria eletr��nica da Jukt Micronics foi uma das fa��anhas do rapaz. Um funcion��rio do local aonde supostamente ocorreu o protesto dos policiais de Nevada, negou que o movimento havia existido.
Dadas as circunst��ncias e diante das evid��ncias, ele foi demitido da The New Republic e levado a confessar tudo o que havia feito. Das 41 hist��rias publicadas, 27 eram falsas. A revista emitiu um pedido de desculpas aos leitores e Sthephen �� hoje um ficcionista.
Esse epis��dio mostra que existiram e existem rep��rteres sem ��tica e dispostos a tudo para serem grandes. Isso coloca em d��vida a credibilidade de uma not��cia, mas n��o influencia em todo um sistema.

Rosana Targino

O v��deo que se segue �� o trailer do filme em ingl��s e sem legenda.

O impacto da mídia


O caso mais marcante de histeria coletiva aconteceu em 1938, em um programa de rádio chamado CBS (Columbia Broadcasting System). Orson Welles foi o responsável pelo fato, inspirado no livro de Hebert George Wells A Guerra dos Mundos.
A população temia que o país entrasse em guerra. Foi neste contexto de início da 2 Guerra Mundial que ocorreu o episódio. Ele retrata o possível ataque de Marte a Terra.
A grande idéia de Welles foi fazer uma transmissão normal, com notas, entrevistas e tudo que continha um jornal diário, dando mais veracidade à “brincadeira”. A veracidade foi tanta que 1 milhão e 200 mil pessoas acreditaram ser verdade.
Formou-se um verdadeiro caos com pessoas indo às ruas, fugindo de casa, rezando e congestionando as linhas telefônicas. A informação que era uma encenação veio logo no começo da transmissão, mas grande parte da população não acompanhou desde o inicio, acreditando em tudo o que estava sendo narrado.
Outro caso foi em 30 de outubro de 1971, no Maranhão, durante a Guerra Fria. Dentre os relatos constava o extermínio da equipe de reportagem e uma nuvem negra que se aproximava da Terra.
Foram vários telefonemas para a rádio, inclusive do Capitão da polícia militar, aflito por maiores informações. A repercussão foi tanta que queriam tirar a rádio do ar.
A emissora teve que emitir notas de 30 em 30 minutos para tranqüilizar a população.
Welles mencionou em uma de suas defesas que tudo aquilo foi “um assalto a credibilidade daquela máquina”. Esses dois casos são exemplos de como a mídia tem poder de influenciar pessoas, de como a população acredita na notícia oferecida mesmo sem saber se ela tem fundamentos ou não.
Rosana Targino

Quem é o bixo?


Sonhos de pais e filhos. Esfor��o de muitos jovens. O ingresso nas universidades e a constru����o de uma carreira profissional bem sucedida t��m sido o planejamento de vida de milhares de fam��lias. �� nesse plano de fundo que surge o tema: trotes nas universidades.
N��o s��o recentes. O ��ltimo trote famoso teve a grande repercuss��o com a morte de um estudante de medicina, encontrado morto na piscina da Associa����o Atl��tica Oswaldo Cruz. Desde ent��o, as ���brincadeiras���, como chamado o trote pelos veteranos, passa a ser preocupa����o para fam��lias e pesadelo para alunos.
Mesmo com projetos como: Trote solid��rio, a viol��ncia ainda persiste e no in��cio de cada semestre se sobressaem. Tamb��m existem pais que incentivam tal ato. ����� muito comum ouvir de pais de alunos que fizeram pouco com o filho, que ele pr��prio faria muito mais.��� diz Ant��nio Zuin, professor do Departamento de Educa����o da UFSCAR (Universidade Federal de S��o Carlos).
Mesmo sendo proibidos por lei, os trotes at�� hoje n��o foram combatidos de maneira eficiente. A viol��ncia foi diminu��da devido �� grande repercuss��o, mas os apelidos, os cortes de cabelo e o abuso de bebidas alco��licas permanecem e talvez passe despercebido. Aparentemente n��o apresenta tanto risco. O que podem n��o estar levando em considera����o, juntamente com os seus difusores, �� que a ingest��o r��pida de grande quantidade de ��lcool pode levar a coma alco��lico, colocando a vida em risco.
A viol��ncia moral dos trotes assusta pela impiedade. Os calouros s��o humilhados. Muitos, obrigados a andar nus em lugares p��blicos. Momentos que podem trazer traumas e frustra����es. Como toda regra, existe uma exce����o. H�� calouros que s�� comprovam que entraram no ���grupo��� se passarem por sess��es violentas. Assim, sentem-se verdadeiros universit��rios.
Os apelidos s��o outra forma de viol��ncia encontrada pelos veteranos para atingir o ingressante. Os calouros s��o comparados com animais. Por isso recebem o apelido de ���bixo���. Mas quem s��o os verdadeiros animais? Quem �� o ���bixo��� de verdade?
Os trotes deveriam ser banidos. Mas o caminho se subdivide em outros,que renovam os m��todos e fazem de sonhos, pesadelos.
No v��deo postado ao final dessa mat��ria, cont��m uma reportagem de um trote que n��o deu certo.
Esta �� a defesa sobre o que foi mostrado na reportagem:
** ESCLARECENDO: **A alega����o do calouro �� mentira (cal��nia). N��o houve queimadura por ��leo de cozinha. O calouro estava no SOL. Se estivesse limpo, estaria vermelho por inteiro. Mas onde ele estava sujo de KETCHUP E MOSTARDA, a pele ficou coberta e n��o queimou, formando manchas brancas. Foi s�� isso que aconteceu.O trote �� um ritual de passagem para uma vida acad��mica e profissional, necess��rio para a socializa����o dos calouros. Portanto, �� uma pr��tica saud��vel. (N��o h�� nome do autor do esclarecimento)
Rosana Targino.